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sábado, 19 de junho de 2010

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Atividades de ensino na educação infantil têm nota 2,3


Pesquisa realizada pela Fundação Carlos Chagas, BID e MEC mostra que as creches e pré-escolas deixam crianças ociosas


Os bebês e as crianças que freqüentam as escolas de educação infantil do País realizam poucas atividades durante o tempo em que permanecem na instituição. A oferta escassa de projetos, brincadeiras e ações que promovam o desenvolvimento cognitivo e motor delas compromete de forma determinante a qualidade de ensino.

A conclusão é de pesquisa realizada em escolas públicas e privadas - mas a grande maioria era em pública - pela Fundação Carlos Chagas em parceria com o Ministério da Educação e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Os resultados apresentados em seminário promovido pelo BID mostram que, em uma escala de zero a dez, a nota dada às atividades realizadas pelos alunos da educação infantil é 2,3.

Segundo o estudo, intitulado Educação Infantil no Brasil: avaliação qualitativa e quantitativa, as creches oferecem atividades físicas, motoras, artísticas, musicais ou que estimulem as brincadeiras de faz de conta, com areia ou água, ou uso de TV, vídeo e computadores de forma inadequada. “Não são tarefas sofisticadas, mas que exigem preparo do professor”, analisa a secretária de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda.

Na pré-escola, a situação não é diferente: não há livros e materiais nas salas de aula, as atividades não contemplam o ensino adequado de ciências e não estimulam o contato com a natureza. As condições foram consideradas completamente inadequadas para isso (em uma escala de zero a dez, 1,6). Os materiais são insuficientes para todos os alunos e não estão disponíveis o tempo todo aos alunos.

Nas creches, o pior conceito também foi dado às atividades oferecidas para promover os conhecimentos de ciências e natureza e a promoção da aceitação da diversidade. Receberam notas 1,9 e 1,5, respectivamente. Outro dado revelado pela pesquisa é o fato de que a maioria das creches não utiliza livros para estimular bebês e crianças com até três anos.

Para Pilar, a falta de iniciativa em oferecer programação adequada ao desenvolvimento da população com essa faixa etária tem raízes na cultura brasileira. “O conceito de educação infantil no Brasil é muito novo. Não se consegue ver nessa etapa da educação ainda um espaço para cuidar e educar. Em geral, as escolas fazem uma coisa ou outra”, afirma a secretária.

A partir da aprovação da Emenda nº 59, ocorrida no ano passado, os sistemas de ensino têm de oferecer, obrigatoriamente, vagas nas escolas brasileiras para crianças de 4 a 17 anos. Mas a sociedade pressiona para que as creches sejam cada vez mais numerosas também. O desafio, segundo os especialistas, é garantir não só vagas, como qualidade de ensino.

“Os resultados mostram que o trabalho que precisamos fazer para melhorar a qualidade do que é feito em sala de aula é muito grande. Existem inúmeros fatores que precisam ser resolvidos para que se atinja níveis de excelência”, ressalta a coordenadora da pesquisa, Maria Malta Campos, da Fundação Carlos Chagas (FCC).

O estudo

A FCC realizou a pesquisa, a partir de orientações pré-definidas pelo Ministério da Educação, em 150 escolas de seis capitais brasileiras (Belém, Campo Grande, Florianópolis, Fortaleza, Rio de Janeiro e Teresina). O objetivo era, além de avaliar a qualidade do ensino infantil oferecida, conhecer o impacto dessa etapa da educação brasileira para o desenvolvimento do aluno no resto da vida escolar.

Para fazer essa análise, os pesquisadores fizeram observações, entrevistas e aplicaram questionários a professores e diretores. As respostas foram reunidas em escalas estatísticas baseadas em estudos internacionais. Elas foram divididas em cinco níveis: inadequado (1 a 3), básico (3 a 5), adequado (5 a 7), bom (7 a 8,5) e excelente (8,5 a 10). Os resultados foram avaliados considerando a proteção e segurança das crianças, o cotidiano das escolas, infra-estrutura, formação do professor.

Na pré-escola, 30,4% das escolas têm nível inadequado de ensino, 42% têm conceito básico, 23,9 têm adequado, 3,6% têm bom e nenhuma está com nível excelente. Nas creches, 49,5% estão com nível inadequado, 37,4% têm conceito básico, 12% estão com conceito adequado, 1,1% têm bom. Não houve conceito excelente.

De modo geral, as escolas de educação infantil receberam nota 3,4, considerando as duas etapas: creche e pré-escola. A nota coloca a oferta desse nível de ensino no Brasil em patamares básicos. Ao todo, 43 aspectos divididos entre as sete áreas a seguir foram avaliados: espaço imobiliário (3,1), rotinas de cuidado pessoal (4,1), linguagem e raciocínio (3,7), atividades (2,3), interação (5,6), estrutura do programa (2,5) e pais e equipes das escolas (3,6).

“O que acontece na sala é reflexo de todo o investimento que a gestão, o país e a sociedade fazem na escola”, ressalta a pesquisadora da FCC Eliana Bhering. Ela lembra que os resultados foram apresentados aos municípios e às escolas participantes em workshops.

A coordenadora da pesquisa ressalta que escolas de regiões específicas como interior e área rural ficaram de fora da pesquisa e a realidade delas pode ser diferente da mostrada pelo estudo. No entanto, Maria Malta acredita que, nas outras capitais brasileiras, o cenário se repete nas escolas de educação infantil.

 
matéria publicada no site: http://www.todospelaeducacao.org.br/
 
 

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Painéis e Brincadeiras Juninas

Mascotes da copa 2010 pintados pelas crianças

( As datas das fotos estão erradas rsrsrs)





Sanfona confeccionada com caixas de leite para apresentação da dança junina



Painéis





Brincadeiras Juninas































fonte:Suplemento especial Guia Prático Para Professores da Educação Infantil; nº 77
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