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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Pedagogia da Inclusão

Na educação inclusiva não se espera que a pessoa com deficiência se adapte à escola, mas que esta se transforme de forma a possibilitar a inserção daquela.

Cuidados diferentes para cada deficiência

Auditiva (sempre fale de frente)
A escola precisa providenciar um instrutor para a criança que não conhece a Língua Brasileira de Sinais (Libras), mas cujos pais tenha optado pelo uso dessa forma de comunicação. Esse profissional deve estar disponivel para ensinar os professores e as demais crianças. O ideal é ter também fonoaudiólogos disponíveis.
Sugestões:
  1. consiga junto ao médico do estudante informações sobre o funcionamento e potência do aparelho auditivo que ele usa
  2. garanta que ele possa ver, do lugar onde estiver sentado , seus lábios. Ou seja, nunca fale de costas para a classe
  3. solicite que o estudante repita suas instruções para se certificar de que a proposta foi compreendida
  4. use representações gráficas para introduzir conceitos novos
  5. oriente o restante da classe a falar sempre de frente para o deficiente

Visual ( material especifico)

A escola deve solicitar à mantenedora o material didático necessário - regletes (régua para escrever em baille) e soroban, além da presença de um profissional para ensinar as crianças cegas, os colegas e os professores a ler e escrever em braille. O deficiente deve contar com tratamento com tratamento oftalmológico e receber na rede ou instituições especializadas, instruções sobre mobilidade e locomoção nas ruas. Deve também conhecer e aprender a utilizar ferramentas de comunicação, como sintetizadores de voz que possibilitam ao cego escrever e ver via computador. Em termos de acessibilidade o ideal é colocar cercados no chão, abaixo dos extintores de incêndio e instalar corrimão nas escadas.

Sugestões:

  1. pergunte ao aluno e a familia quais são as possibilidades e as necessidades dele
  2. a melhor maneira de guiar o cego é oferecer-lhe o braço flexionado, de forma que ele possa segurá-lo pelo cotovelo
  3. descreva os ambientes com detalhes e não mude móveis de lugar com frequência. Os recursos didáticos aconselhados são: lupa, livro falado e materiais desportivos como bola de guizo
  4. busque na turma colegas dispostos a ajudá-lo
  5. substitua explicações com gestos por atividades em que o deficiente se movimente. Por exemplo: forme uma roda com a criançada para explicar o movimento de tranlação da terra

Física (adaptar espaços)

Toda escola precisa eliminar barreiras arquitetônicas, mesmo que não tenha jovens com deficiências matriculados. As adaptações do edificio incluem: rampas de acesso, instalação de barras de apoio e alargamento das portas. No caso de haver deficientes físicos nas classes, a modelagem do mobiliário deve levar em conta as características dele. Entre os materiais de apoio pedagógico necessários estão pranchas ou presilhas para prender o papel na carteira, suporte para lápis, computadores que funcionam por contato na tela e outros recursos tecnológicos.

Sugestões

  1. pergunte ao aluno ou a familia que tipo de ajuda ele precisa, se toma medicamentos, se tem horário específico para ir ao banheiro, se tem crises e que procedimentos adotar se isso ocorrer
  2. aqueles que andam na cadeira de rodas precisam mudar constantemente de posição para evitar cansaço e desconforto
  3. informe-se sobre a postura adequada do aluno, tanto em pé quanto sentado, e garanta que ele não fuja dela
  4. se necessário, fixe as folhas de papel na carteira usando fita adesiva. Os lápis podem ser engrossados com esparadrapo para auxiliá-lo na escrita, caso ele tenha pouca força muscular
  5. ouça com paciência quem tem comprometimento de fala e não termine as frases por ele

Mental (tarefas individuais)

Geralmente os deficientes mentais têm dificuldade para operar as idéias de forma abastrata. Como não há um perfil único, é necessário um acompanhamento individual e contínuo, tanto da familia como do corpo médico. As deficièncias não podem ser medidas e definidas genericamente. Há que levar em conta a situação atual da pessoa, ou seja, a condição que resulta da interação entre as características do indivíduo e as do ambiente. Informe-se sobre as especificidades e os instrumentos adequados para fazer com que o jovem encontre na escola um ambiente agradável, sem discriminação e capaz de proporcionar um aprendizado efetivo, tanto do ponto de vista educativo quanto do social.

Sugestões

  1. posicione o aluno nas primeiras carteiras, de forma que você possa estar sempre atento a ele
  2. estimule o desenvolvimento de habilidades interpessoais e ensine-o a pedir instruções e solicitar ajuda
  3. trate-o de acordo com a faixa etária
  4. só adapte os conteúdos curriculares depois de cuidadosa avaliação, de uma equipe de apoio multiprofissional
  5. avalie a criança pelo progresso individual e com base em seus talentos e suas habilidades naturais, sem compará-la com a turma

fonte: revista do professor escola, setembro de 2003

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